o autor tira do esquecimento a singular figura de Vuitir, o cacique puri que traz sua gente para ajudar a fundar a aldeia de Queluz. Porém, inconformado depois com a escravidão do negro e não podendo acabar com ela, Vuitir resolve voltar para a vida da mata, e nunca mais é visto. Torna-se uma espécie de rei Dom Sebastião dos negros de Queluz, do início do século XX, que sempre esperavam seu retorno.

Mongo era a palavra usada para designar um chefe de vários caciques, que era o caso de Vuitir². Na peça, a personagem chamada Joãozinho, o garoto que descobre a verdade sobre a cantoria dos negros a respeito do Mongo Velho, é o próprio professor João Baptista quando menino. Na narrativa dele encontrei a letra do “Canto do Mongo Velho”. Mas, como ali não constava a notação da melodia, baseei-me numa melodia afro-brasileira do livro Estudos de Folclore, de Luciano Gallet. No fim da peça, os índios cantam o “teiru”, que é um lamento pela perda de um cacique.






Instituto Ruth Salles

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