Por: Antonio Silveira R. dos SantosCriador do Programa Ambiental: A Última Arca de Noé.
A partir de
junho de 1994 tivemos (Antonio Silveira e Rafael) a rara oportunidade de
visitar, de helicóptero, por várias vezes a Pedra da Mina, situada na Serra da
Mantiqueira (22º25’38”S-44º50’33”O), dentro da APA (área de proteção ambiental)
federal da Serra da Mantiqueira, na divisa entre os Estados de São Paulo e
Minas Gerais, que com seus 2.797m de altitude é o quarto ponto mais alto do
Brasil.
Curiosamente, nossa primeira visita ao local em junho de 1994, não foi planejada. Estávamos sobrevoando Queluz-SP, quando vimos um topo de montanha que parecia ser o mais alto da Serra da Mantiqueira na região. Como o tempo estava ótimo, com sol e sem nenhuma nuvem, resolvemos conhecer aquele local alto arredondado e muito bonito. O piloto fez testes de sustentação, ou seja, parou no ar, paralelamente ao topo da montanha e ganhava altura, para ver se o ar rarefeito da altitude poderia prejudicar a decolagem, pois havia o perigo de descermos lá e não conseguir sair. Os testes indicaram que não teríamos problemas. Aí descemos pela primeira vez na Pedra da Mina, mas até então não sabíamos o seu nome. O local surpreendeu-nos pela sua beleza.
Naquele dia,
apesar de muito sol e tempo aberto, sem nuvens, a temperatura estava em torno
de 6º, mas não impediu de “degustarmos” a vista espetacular. Curioso é que não
se houve nenhum barulho lá em cima, apenas o barulho do vento, que é presença
constante.
Em 04 de
abril de 2003, retornamos à Pedra da Mina, mas como o tempo não estava bom
tivemos que abortar nossa aterrissagem e sair de lá.
No dia 31 de
maio de 2003, estivemos por algumas horas na Pedra da Mina fazendo observações,
filmagens e fotos.
Em 06 de maio
de 2005 e em 05 março de 2015, estivemos novamente na Pedra da Mina, quando
tiramos fotos e filmamos. Em nenhuma destas últimas vezes vimos mais a
garrincha-chorona.
Em 01 de
agosto 2017, voltamos mais uma vez à Pedra da Mina.
Estas foram as
vezes que estivemos neste local mágico e de beleza indescritível, em especial
dos seus campos rupestres, que devem ser preservados e futuramente
transformados em unidade de conservação mais protegida do que uma APA.
Imagens feitas ao longo de suas expedições (94,96,2000, 2015)